Mudança nas linhas de ônibus desagradam usuários
Por Marcela Guimarães (Ascom/UFG)
Fotos: Carlos Siqueira
O período de volta às aulas é marcado por novidades para a comunidade acadêmica. Novos estudos, pesquisas e pessoas no câmpus e nas unidades são algumas delas. Porém, velhos problemas continuam a assombrar quem estuda ou trabalha no Câmpus Samambaia. Esse é o caso do transporte público. Apesar de três linhas terem sido modificadas com o intuito de melhorar o acesso ao câmpus, na prática, a melhora ainda não foi sentida pela população.
A linha 263 - Terminal Praça da Bíblia / PC Câmpus - uma das mais utilizadas, foi uma das que sofreram alterações. De acordo com o estudante de agronomia Alvamir dos Anjos, com a mudança o ônibus passa pela Praça Universitária antes de chegar ao terminal, tornando a viagem mais longa. Também usuária da linha, Andressa Rezende, graduanda em Jornalismo, contou que chegou a gastar duas horas e meia para chegar ao Câmpus Samambaia. “Agora a linha passa pela Praça Universitária sem necessidade porque lá já tem outra linha em direção ao câmpus. O resultado é que as viagens estão demorando muito mais”, considerou.
A estudante de Jornalismo Andressa Rezende levou 2h30 para chegar ao câmpus II
Outra modificação notada foi a subdivisão dessa linha. Com o mesmo número, 263, agora existe uma rota que só vai até o Setor Santa Genoveva, não alcançando o Setor Itatiaia e nem o câmpus. Para Rodolfo Peres Rodrigues, servidor técnico-administrativo da UFG, a espera dos passageiros nos pontos de ônibus pode ser causada pela diminuição dos veículos que vão até a UFG. “A impressão foi que o número de veículos continua o mesmo, só que alguns só vão para o Santa Genoveva. Acaba que, para quem segue até lá, a linha está mais rápida, mas quem vem para o câmpus o transporte não está muito bom”, explicou o servidor.
A demora também tem sido uma constante para os usuários da linha 302 - Câmpus / Marista. Além dos intervalos muito longos durante os dias úteis, nos fins de semana e feriados, a linha não está ativa. O servidor Rodolfo Peres ainda lembrou que, durante as férias, o número de veículos vindo do Setor Marista ficou bastante reduzido, prejudicando quem trabalha nesse período, e que com a volta às aulas o aumento esperado dos ônibus não foi percebido.
Na linha 174 – Campinas / Câmpus - o problema é semelhante. “Hoje de manhã, fiquei quase meia hora esperando o ônibus e quando ele veio já tinha muita gente no ponto. Sem falar que a nova rota demora muito. Com isso, chegamos em cima da hora ou atrasados para aula”, a estudante de enfermagem, Mayara Santos, resumiu suas impressões sobre a linha. Vindo de Campinas, o caminho desse ônibus agora passa pela Avenida Goiás Norte, o que o diferenciou bastante do trajeto da linha 105 – Terminal Praça A/ PC Câmpus.
O estudante Ítalo Bruno Paira utiliza a linha 174, alvo de reclamação dos usuários
A linha 174 é uma das maiores reclamações da comunidade do Câmpus Samambaia. Veículos insuficientes no horário de pico resultam em espera, empurra-empurra e viagens insuportáveis. "Hoje eu tive que vir pendurado na porta, o ônibus completamente cheio. A quantidade de pessoas que ficam do lado de fora dava para completar outro ônibus. O ideal seria a circulação dos ônibus entre 7 e 8 da manhã de 10 em 10 minutos", declarou o estudante de História, Ítalo Bruno Paiva, usuário da linha.
Citybus – Com as mudanças realizadas no último dia 18 de fevereiro, foi criada uma nova linha: 914 - Praça Cívica / Praça Universitária / Câmpus UFG. Para Guilherme do Prado, estudante de Relações Públicas, a opção surge como uma economia de preço e de tempo. “Como eu estudo e trabalho, pego muitos ônibus durante o dia. Então, o bilhete de R$ 6,00, mesmo com a carteirinha de estudante, sai mais barato, já que posso andar em quantos Citybus for preciso”, contou o estudante. O conforto e a velocidade da viagem também são vantagens relevantes para o aluno.
O estudante Gulherme Prado optou pelo Citybus
Fonte: ufg