Oficina - Etnomatemática dos Bora
ETNOMATEMÁTICA DOS BORA: A CONSTRUÇÃO DE UMA MARIPOSA
A oficina foi ministrada pelos alunos da graduação Lucas Noronha e Rodrigo Damasceno.
O prefixo etno se refere a Etnia, isto é, a um grupo de pessoas de mesma cultura, língua própria, ritos próprios, etc., ou seja, características culturais bem delimitadas para que possamos caracterizá-los como um grupo diferenciado. Somente no Brasil, se pensarmos apenas nos Índios, hoje tem-se como certo, a existência de 153 tribos diferentes, 153 culturas com língua própria, ou seja, 153 etnias indígenas conhecidas.
O primeiro pesquisador que tentou agrupar as várias tendências de etnomatemática foi Huntig, dizendo que etnomatemática é a matemática usada por um grupo cultural definido na solução de problemas e atividades do dia-a-dia. Outro pesquisador que deu uma ótima aproximação foi D’Ambrosio quando, em 1987, escreveu:“...as diferentes formas de matemática que são próprias de grupos culturais, chamamos de Etnomatemática.”
Etnomatemática, para os antropólogos é parte da Etnologia de um grupo, para os educadores é um método educacional da matemática e para outros pesquisadores como D’Ambrosio e Gerdes é um sub-conjunto da Educação, que contém a matemática como sub-conjunto.
A oficina teve duração de aproximadamente uma hora, com capacidade de 24 (em média) participantes. Primeiramente, iniciamos por meio de linguagem oral, o que é etnomatemática e onde ela está presente no Brasil. Num segundo momento, será distribuídos aos participantes 25 “fitas” de largura 1 cm de papel cartaz. O objetivo aqui, é realizar um trançado conhecido como “mariposa”, que é construído pelo grupo indígena Bora da Amazônia peruana, que por sua vez, utilizam bastante a mariposa em suas construções e criações de cestos. Será ainda, mostrado em slide, como é feita a construção de uma mariposa.